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30.11.2015 - Atualizado em 30.11.2015 - 11h29
Problemas no Conjunto Habitacional geram polêmica e invasão
A demora na entrega das 50 casas construídas através do Minha Casa, Minha Vida pela Prefeitura Municipal de Butiá acabou revoltando a população que invadiu as residências. Acompanhe a seguir o que aconteceu durante a semana, o que o executivo fala sobre o caso, a Corsan e as providências que estão sendo tomadas através da procuradoria do município.
Invasão
Durante a semana passada, uma família acabou invadindo uma casa do conjunto habitacional São José e posterior outras 12 famílias acabaram fazendo o mesmo, todos falando sobre estarem na lista e não serem chamados, não terem onde morar, ou moram em residências precárias.
Na sexta-feira a tarde esteve presente no conjunto habitacional o Secretário de Assistência Social Raul Avohá, Otávio e o Prefeito Municipal Paulo Machado que acabou se exaltando e exigindo que as famílias saíssem das residências, porém muitos que lá estavam disseram que não sairiam das residências, pois alguns não tinham pra onde ir e estavam sendo enrolados.

Consan
A gerente da Corsan de Butiá, Rosalina Cardoso de Oliveira, que está na unidade desde o mês de abril, explica o que vem acontecendo e qual o motivo que a Corsan não realizou ainda a ligação: Segundo ela, no momento em que chegou na unidade foi lhe entregue pela outra gerencia um documento onde o Prefeito do município solicitava a ligação da água do conjunto habitacional, com isso ela procurou o projeto, que não existia na unidade. Foi até o Prefeito e solicitou o projeto (existe uma lei de que só se pode fazer a ligação da água tendo um projeto autorizado pelos engenheiros da Corsan). O Prefeito passou o contato da empresa que fez o loteamento, para a gerencia da Corsan, após uma série de ligações para a empresa e uma espera de 30 dias a empresa admitiu não ter o projeto, mais uma vez a gerência foi até o prefeito e explicou a situação, momento em que ele montou uma equipe para a realização do projeto, passando 4 meses o projeto foi entregue e a gerencia de Butiá pediu a análise do mesmo em caráter de urgência, porém o projeto estava faltando 12 itens, que aos poucos foram levados pelo secretário de Obras, Daniel Almeida. Segundo Rosalina, por fim ficou faltando três itens, onde a Corsan abriu mão de 1 deles faltando 2 que até o presente momento está faltando informações. Ela informa ainda que o projeto está retornando para a unidade de Butiá e não foi aprovado. Segundo a gerente de Butiá Rosalina, diz estar constrangida com todas as inverdades que estão sendo ditas, parecendo que a Corsan não quer fazer a ligação, sendo que a mesma tem o maior interesse em ter mais 50 novos usuários.

Reunião com os contemplados
Na última terça-feira, 24, estiveram reunidos na Escola Roberto Cardoso o Secretário de Ação Social, Raul Avohá, o Secretário de Obras, Daniel Almeida, a Procuradora do Município, Irani Medeiros, a Assistente Social, Denise, e o representante da empresa Construmamp, Carlos.
A referida reunião foi com as famílias contempladas com as casas do Projeto Habitacional São José, onde na oportunidade o Secretário de Obras anunciou que assim que a Corsan instalar a água, em parceria com a empresa Construmamp, será realizado as obras de saneamento básico e que dentro dos próximos dias, deve iniciar a colocação da iluminação pública no Conjunto Habitacional. O secretário esclareceu que as obras de saneamento básico só serão feitas após a instalação hidráulica, em virtude de que a Corsan deverá remover terra e dessa forma, tão logo, o projeto hidráulico ser instalado o de saneamento básico já estará sendo feito.

Liminar para instalação de água
A Procuradoria entrou com um pedido de medida liminar para que o Estado e a Corsan sejam compelidos a providenciar a instalação da água no Conjunto Habitacional São José imediatamente.

Com isso a liminar que foi deferida na justiça local, através da Pretora Lizelena Razolin no dia, 25 de novembro, no sentido de que a empresa CORSAN complete a parte burocrática no prazo de 24 horas e inicie a colocação de encanamentos nas casas faltantes em até 48 horas, informando neste prazo, o prazo para o termino da obra e inicio do fornecimento de água para as casas do Conjunto Habitacional São José que ainda não receberam o serviço. Foi necessário o ingresso judicial, por parte do município, devido ao fato de todos os meios administrativos já terem sidos feitos, entre eles o projeto hidráulico e inclusive compra de canos por parte da prefeitura municipal não sendo atendido o pleito pela CORSAN.

E as famílias que invadiram?
A Procuradora do Município, Irani Medeiros, relatou aos presentes que o Executivo é totalmente contra as invasões por se tratarem de uma ilegalidade, sendo que através da procuradoria ingressou judicialmente com um processo para que os invasores deixem as casas podendo as famílias ser atendidas pela administração municipal, mas com adoção de medidas legais. O município ingressou na justiça com um processo em conjunto com os proprietários que tiveram suas casas invadidas e no dia 02 de dezembro as famílias que ingressaram nas casas deverão ser ouvidas em juízo na busca da solução para o litígio.