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24.10.2011 - 09h06
Casal mora num banheiro coberto por lona
BUTIÁ - Casal com um filho de 7 anos recém chegados à cidade estão
dormindo amontoados numa peça minúscula que será o banheiro da casa,
coberta com plástico.

Foto: MANO MEDEIROS

Sob esta lona, num cubículo com 1 metro de largura dormem o casal e o filho

Cidade grande
Até 2 semanas atrás o casal Carlos Alberto Franco e Patrícia Terezinha de Fraga, mais o filho de 7 anos, moravam em Porto Alegre, no bairro navegantes, estavam tentando comprar a casa em que moravam, todos os meses pagavam um pouco ao proprietário.
Viviam da reciclagem que o Carlos Alberto recolhia com sua carroça, começaram a ter muitas dificuldades financeiras e atrasar o pagamento da casa em que moravam.

A mudança
Como estavam com um atraso muito grande das prestações, o proprietário pediu a casa de volta, os valores que eles já havia pago, ficou pelas prestações em atraso, perderam tudo o que tinham dado ao proprietário. Como a situação financeira estava cada vez
pior, a concorrência ficou muito grande entre os catadores, e ainda mais com a onda de violência e banditismo na região onde moravam fizeram com que tomassem a decisão de virem embora para Butiá.

Viagem de carroça
Pegaram o pouco que tinham colocaram na carroça e vieram embora. A viagem foi demorada mais tranqüila, como não tinham onde morar,
a irmã do Carlos Alberto lhe doou um terreno, onde ela havia começado a construção de uma casa. O terreno fica próximo a casa dos seus familiares no beco da rua José Zereu, na cidade baixa.

Dificuldades
A pequena casa esta apenas com o alicerce e algumas paredes erguidas, não tem telhado nem aberturas, não tendo outra solução o casal cobriu com um plástico a minúscula peça onde será o banheiro da
casa, colocaram um pequeno colchão no chão e dormem lá do jeito que podem com o filho de 7 anos. Não possuem água e luz instalados não tem nenhum móvel(mesa,cadeiras,camas), ganharam um fogão à gás mas
não tem o botijão.

Ajuda
Carlos Alberto esta trabalhando com sua carroça naquilo que sabe fazer que é a coleta de material reciclável, mas como esta começando o que ganha é pouco e a família esta passando por necessidades.
Patrícia esteve na secretaria de Assistência Social para ver se conseguia algum alimento e material de construção principalmente
alguns sarrafos e brasilit para cobrir a casa. Não conseguiu nem uma coisa, nem outra, lhe informaram, que de momento não tem verbas disponíveis para prestar este tipo de auxílio.

Apelo
Carlos e Patrícia fazem um apelo para aquelas pessoas quem tiverem qualquer tipo de material de construção usado e em condições de ser utilizado e queira doar, que entre em contato com eles. Aceitam
qualquer tipo de ajuda, pois realmente estão passando por grandes dificuldades.