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21.09.2012 - 14h37
Fortes chuvas provocam alagamentos em ruas e residências
BUTIÁ - A semana foi marcada por fortes chuvas no Rio Grande do Sul. Em Butiá, a situação não foi diferente e a chuva intensa causou alagamentos em vários pontos.
A chuva que iniciou no sábado, foi forte, intermitente e em forma de pancadas que duravam cerca de 10 a 15 minutos, só foi dar uma trégua na quarta-feira, 19. Durante a semana, nossa redação recebeu diversos telefonemas informando pontos em que a cidade estava alagada. Moradores da Vila Roberto Cardoso, popularmente conhecida como Vila Caiu do Céu informaram que existiam vários pontos de alagamentos nas ruas alguns pátios também foram invadidos pelas águas.
Problemas semelhantes foram informados por moradores Bairros Bela Vista, Travessa Dona Cecília, Centro, Charrua e XV de Novembro.
A equipe da prefeitura foi até estes locais, para tentar desobstruir valos. Além dos alagamentos o temporal também causou outro transtorno que afetou diversos moradores, como na rua Rua José Novak, que ficou sem luz.

ESCOLA ALAGADA
Devido as fortes chuvas às aulas da Escola Visconde de Mauá foram temporariamente suspensas. Alunos e professores estão indignados com a falta de atenção do governo com a escola. Existem diversas goteiras no prédio.
Uma aluna da escola publicou em uma rede social, fotos do prédio e manifestou sua indignação.
- Lamentável o descaso do governo com a educação. Hoje presenciamos, alunos e professores um fato muito triste. As aulas da Escola Visconde de Mauá tiveram que ser suspensas devido as goteiras e as salas alagadas.
Disse ainda que ficou pasma com essa situação, questionando o que será do futuro da nossa sociedade sem educação de qualidade. Cobra por que os pedidos diretor e funcionários ficam sem resposta.
- Temos o direito a uma escola decente. Exigimos mais respeito, pois somos o futuro. A Educação pede socorro. Postou a estudante

MORADORES ILHADOS
Luciane, moradora há oito anos da Travessa Dona Cecília, relata que há quatro anos vem sofrendo com problemas na vala que fica ao lado de sua residência. Explica que o cano deve estar entupido e com a chuva faz com que a água transborde e cause diversos transtornos, sem contar o mau cheiro. Acredita que a água que invade a propriedade volta misturada com os esgotos que também transbordam e acaba entrando para o pátio da casa. Não é a primeira vez que o cano transborda e que a família fica praticamente ilhada. Na segunda-feira, 17, enfrentaram novamente o problema com alagamentos.
- Meus filhos não puderam ir a escola e meu marido também não conseguiu sair de casa para ir trabalhar, pois o barro era tanto que o carro só patinava e não saia do lugar - disse Luciane, que tentava contato com a prefeitura.
- Me deixaram esperando mais de quatro minutos no telefone e depois desligaram, tentei ligar mais várias vezes e ninguém atendia.
Além disso, Luciane lembra que já entrou diversas vezes em contato com a prefeitura explicando a situação e que chegou a pedir um caminhão de terra para tentar aterrar o pátio, mas não conseguiu. Disse que um vizinho que é proprietário de um caminhão se ofereceu para buscar a terra, que pode resolver parte do problema. A moradora disse que informaria se fosse atendida, mas até o fechamento desta edição não havia se manifestado.

PÁTIOS ALAGADOS
Os moradores da rua 15 de Novembro no trecho entre a travessa dona Cecília e o Beco 1, não sabem mais a quem recorrer para que a água não invada mais seus pátios.
Pela água que fica acumulado no leito da 15 de novembro é fácil perceber que uma grande quantidade de água vinda da parte alta da cidade desemboca naquele local.
São aproximadamente 10 moradores que a cada chuva mais forte tem os pátios de suas casas invadidos por esta água que vem da rua.
Carla é uma destas moradoras indignada. A cada chuva enfrenta problemas com a água e o barro. Os moradores precisam colocar pedras e tijolos, para formar trilhas, para que possam caminhar em suas propriedades.
O pior relata a moradora é que quando a chuva é mais forte, como a desta semana.
- A água é tanta que acaba invadindo as casas.
Quando a reportagem chegou, ela estava colocando os moveis para secar na rua e limpando a casa. Carla ainda disse que é comum os moradores do local perderem parte da criação de galinhas quando a água invade tudo.
Outra moradora Dona Dionizia, que mora neste local há 32 anos disse que sempre foi assim, que já cansou de pedir providencias, mas nada é feito, comentou que até já foi pior, pois o valão, que fica próximo, costumava transbordar e a água invadia sua casa, pelo menos agora deram uma melhorada no valão, e apenas o seu pátio fica alagado, explicou numa mistura de revolta e resignação.
Na quarta-feira, 19, a redação do Jornal Sobral, manteve contato com o secretário de Obras José Kalata, repassando estes endereços, onde os moradores foram mais atingidos. Explicou que uma gande equipe estava auxiliando os moradores e que apesar da preocupação dos moradores a situação estava sobre controle. Garantiu que em reunião com o prefeito Paulo Machado, ficou acertado que será feito, novamente, um levantamento dos locais que voltaram a apresentar problemas, para que se encontre um solução definitiva. Prometeu mais informaçoes para a próxima semana, quando já vai ter o levantamento completo.