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15.09.2012 - 10h36
Fenômeno el niño pode trazer chuvas para alívio dos produtores
GERAL - A previsão para os próximos dias e para os meses de outubro e novembro traz um grande alívio pra quem enfrentou o mês de agosto mais seco dos últimos 20 anos. Conforme estas previsões, o fenômeno El Niño, que vem se intensificando, vai trazer chuvas intensas. No entanto muitas regiões devem ficar abaixo da média histórica.
A seca atingiu muitas propriedades no interior do município, causando grandes perdas no inicio do ano. A expectativa é de que o quadro melhore e o El Niño possa recuperar o equilíbrio no abastecimento nestas áreas mais afetadas.
Diferente do mês de agosto que foi seco e quente, a esperança é que se confirmem as previsões para os próximos meses, com frentes frias, com chuvas constantes e intensas e temperatura acima da média.
Em várias regiões do estado o pasto sofreu e os produtores precisam complementar com silagem. A falta de chuvas em agosto atrasou o plantio do milho em muitas áreas. Os produtores de Butiá não enfrentaram com muita gravidade o problema com o pasto e são poucos o que plantam milho nesta época.
Com o El Niño e a consequente previsão de chuvas acima do esperado, a situação e reservatórios de água devem voltar ao normal, sem prejuízo para o abastecimento humano e animal.
Apesar das previsões de chuva em todo o estado, o agrônomo João Luiz, Chefe do Escritório da Emater/Ascar-RS, que na quinta-feira participava de reunião com piscicultores em Camaquã, disse que é preciso ficar sempre com um pé atrás.
- Estamos aqui em Camaquã reunidos com piscicultores e observamos que os reservatórios estão baixos. As chuvas nos meses de julho e agosto que historicamente atingiam 300 mm, este ano não passaram de 60 ou 70 mm – alertou João Luiz.
Para a pecuária, o técnico do escritório da Emater/Ascar de Butiá, afirmou que o inverno foi muito camarada, pois apesar de poucas chuvas, teve bastante umidade, favorecendo o pasto. Para os produtores de frutas, a situação também foi a mesma, o clima foi muito bom.
João Luiz lembrou que as frutas querem é excesso de frio e não de chuvas. Por outro lado alertou que falta água para os arrozeiros, principalmente quem trabalha com o pré-germinado. As lavouras de soja que também começam a ser plantadas no final deste mês e em outubro também precisam de água.
O engenheiro da Emater não quis antecipar qualquer previsão, mas alertou que muitas culturas precisam de muita água. Destacou que os piscicultores não conseguiram abastecer os reservatórios, pois faltou chuva em agosto.