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09.04.2016 - 09h48 - Atualizado em 09.04.2016 - 09h54
A luta contra o desemprego na Região Carbonífera
Comissão Regional em defesa do emprego na Região Carbonífera foi criada após a preocupação com a crise que tem afetado empresas da região.
Presidente das Nova Central Sindical e do Sindicato dos Mineiros Oniro Camilo apresentou ao Grupo Sobral um Raio X das empresas da região, confira:
Empresas que realizaram demissões:
CRM
GERDAU
CCS Mineração
Copelmi Mineração
Semeato
GKN
Usinagem Jacuí
EMS

Empresas que demitiram e fecharam:
Bellagres
Trefilaço
Masterzinc

Semeato
Nossa reportagem esteve na empresa Semeato, unidade de Butiá, onde conversou com o vigilante que entrou em contato com Fátima do administrativo, e informou não ter autorização para responder sobre a atual situação da empresa. Passou mais uma vez o contato com a matriz localizada
em Passo Fundo. Estivemos em contato com a matriz, na qual a assessoria de imprensa da empresa disse não possuir informações para divulgar

Desemprego na Região Carbonífera é preocupante
Na quinta-feira, 24, foi realizada uma Audiência Pública sobre o Desemprego da Região Carbonífera, na Câmara de Vereadores de São Jerônimo.
pelo Sindicato dos Mineiros, a ACVERC - Associação das Câmaras
de Vereadores da Região Carbonífera e a Nova Central Sindical tendo como objetivo reunir sindicalistas, trabalhadores, políticos e empresários em busca de uma solução para proteger os empregos.
- A Nova Central-RS tem como uma de suas bandeiras de luta, o combate à demissão sem motivo, honrando esse princípio que estaremos sempre a frente de todas as iniciativas que visem proteger o emprego e o Trabalhador,ressaltou o presidente Oniro Camilo.
Como resultado da reunião foi criada uma comissão regional em defesa do emprego na Região Carbonífera composta pelos seguintes representantes:
Nova Central Sindical: Oniro Camilo e Ana da SinergeSul;
ACVERC - Rodrigo Marcolin (São Jerônimo) e Vereador Mauricinho
(Butiá)ASMURC - .Zé Carlos Azeredo(Arroio dos Ratos) e Silvia Lasek(Minas do Leão)FAMURS - Marcelo Patta (São Jerônimo) e Luis Carlos Folador(Candiota).
A pauta ficou assim definida: Grupo de acompanhamento da situação da Tractbel de Charqueadas,Situação Financeira da GERDAU, Semeato e o Não fechamentoe não privatização da CRM de Minas do Leão, etc...

CRM- Unidade Minas do Leão
Estivemos na unidade da CRM de Minas do Leão, na qual conversamos com o geólogo Roberto Saraiva – Superintendente daquela unidade que nos informou não estar autorizado para transmitir qualquer informação, passando assim o contato do administrativo de Porto Alegre.
Em contato com a comunicação, Alexandre, o mesmo solicitou que enviássemos um e-mail com os questionamentos endereçado para o Diretor presidente da CRM, Edivilson Brum. Até o momento não recebemos retorno. Já o Vereador Samir Kubal relatou a preocupação em relação a empresa sobre a possível parada de operação

Copelmi Mineração
Já na empresa Copelmi Mineração fomos gentilmente recebidos pelo Engenheiro Alexandre Griogorieff que nos explicou a situação:
- Estamos tendo uma crise, que não é só em Butiá ou na Região Carbonífera é em todo o pais, mas isso acaba afetando todos, inclusive a Região Carbonífera, talvez mais ainda, porque algumas indústrias que se instalaram nela acabaram fechando. Além de outras coisas que estão acontecendo que podem acabar se concretizando, tipo o fechamento da usina de charqueadas, porque a usina está a mais de 50 anos na região, que bem ou mal ela tem uma importância muito grande, ela acaba gerando uma necessidade de produção nas minas para o rendimento dela, e com o possível fechando, certamente vai acabar afetando tudo, em especial os empregos.
Acreditamos que até o final do ano isso não ocorra (o fechamento), mas também não temos toda a certeza disso, no ano que vem é muito provável que isso possa ocorrer, assim a empresa vai ter que se adequar a situação, porque vai perder mercado assim como qualquer empresa faria caso o mercado fosse afetado.
Crise
Além disso a crise econômica faz com que a economia desacelere, com isso as industrias acabam produzindo menos, porque o mercado acaba consumindo menos, uma reação em cadeia, as indústrias consomem
menos, nossos clientes vão vender os produtos, compram menos
carvão, acabamos produzindo menos e com isso tudo vai afetando a cadeia, isso vem ocorrendo desde o segundo semestre do ano passado,
e a empresa vem adotando as medidas pra ela continuar viva.
Demissões
Num primeiro momento, ainda no ano passado, procuramos reduzir
os nossos terceirizados, dentro do possível, procuramos antes de reduzir nossa própria mão de obra reduzimos os terceirizados, isso não quer dizer que terminamos com os terceirizados, porém, reduzimos
o que foi possível, e a partir deste ano, infelizmente acabamos reduzindo a “própria carne”.
A empresa não gosta de reduzir os funcionários mas tudo vai depender do mercado, querendo ou não dependemos do mercado, procuramos criar situações ou formas de minimizar isto, para tentar manter as pessoas, mas chega em um determinado momento que precisamos
tomar estas atitudes.
Queda no mercado
A empresa vende carvão que é usado para gerar energia e querendo ou não temos uma série de concorrentes, além de lenha de gás, vários outros energéticos que estão no mercado.
O mercado teve uma queda significativa, e a gente não tem como garantir que ele não venha cair mais, estamos trabalhando para manter, mas isso não depende só da empresa, depende de uma condição toda do pais.
Situação preocupante
É preocupante se pensarmos, por exemplo, que a Usina de Charqueadas pode fechar, com certeza vai acabar afetando nossa produção, ai não tem como conseguir manter os funcionários
na empresa.