Notícias
16.03.2013 - 10h58
Continua a polêmica sobre a segunda roleta nos ônibus
BUTIÁ - A discussão sobre a instalação da 2ª roleta nos ônibus continuou nesta semana, e passou a ser comentada até nas redes sociais.
A partir da decisão da empresa Cervitur em instalar uma segunda roleta nos ônibus que fazem a linha Butiá-Minas do Leão, foi estabelecido um debate na comunidade sobre a dificuldade de idosos, gestantes, pessoas obesas, ou com deficiência em ultrapassarem esta outra roleta, que fica bem na saída junto à porta traseira dos ônibus. Na semana passada o JS trouxe a noticia de uma reunião realizada na Câmara de Vereadores com a direção da empresa para tratar sobre este assunto.
Usuário
Na manhã de segunda-feira, 11, o ouvinte Brasil de Oliveira Lucas ligou para a Radio Sobral, durante o programa Hora Marcada, apresentado por Tadeu Rodrigues, e comentou que no dia anterior havia ido até minas do Leão, e que tinha achado curioso ter duas roletas no ônibus. Comentou ainda o fato de não haver o passe livre para o idoso nesta linha.
Empresa
Na sequência ligou para o programa Luiz Fernando da Costa Fernandes prestador de serviços da Cervitur esclarecendo que na linha circular, trajeto interno do município, os idosos tem carteiras de isenção e entram e saem pela porta da frente sem pagar passagem, mas a linha Butiá/Leão não é intermunicipal, mas sim sub-urbana e nesta categoria não existe gratuidade nem desconto na passagem para idosos, que a legislação permite e essa linha esta registrada no DAER como sub-urbana.
Fernandão também argumentou que se tornou necessária a instalação de uma segunda roleta em virtude dos crescentes casos de pessoas que entravam e saiam pela porta traseira sem pagar passagem, que essa medida foi tomada com a autorização do DAER, mas que existem quatro assentos separados na parte da frente do ônibus para que pessoas com deficiência, idosos e grávidas possam entrar e sair pela mesma porta.
Quanto aos cadeirantes, Fernandão diz que há poucos passageiros nessa situação e que a falta de acessibilidade é um problema municipal mas a empresa esta disposta a interagir com a comunidade ouvindo criticas e procurando soluções, porem salientou que muitos dos que estão reclamando são pessoas que antes burlavam a roleta e não pagavam a passagem e agora terrão de pagar.
Vereador
O vereador Leonardo Montenegro também telefona para o programa para se manifestar sobre o assunto pois como vereador diz ter a obrigação de por em pauta os assuntos que afetam diretamente a comunidade, diz que depois de ouvir varias reclamações, inclusive através deste mesmo programa Hora Marcada, resolveu averiguar se isto estava afetando negativamente a comunidade. A primeira atitude foi procurar a empresa, convidando seus representantes a participar de uma reunião na câmara de vereadores. Nessa reunião o Sr.Fernando fez as mesmas colocações ,feitas à pouco, a respeito das pessoas entrarem e saírem pela porta de trás e dos necessitados(grávidas,idosos,deficientes) terem livre acesso pela porta da frente.
Leonardo continuou e disse que buscando a opinião dos usuários encomendou uma pesquisa em que foram ouvidas 53 pessoas, nos dias 6,7 e 8 de março, usuários regulares e ocasionais das linhas circulares e Butiá/Leão, de varias idades e em horários distintos.O resultado da pesquisa mostrou que os 53 entrevistados, ou seja, 100% são contra a implantação da segunda roleta nos ônibus.
Disse ainda que não esta se discutindo a questão legal, pois o ajuste das roletas e algo comum, o que se discute e o impacto disso nos usuários do transporte coletivo, e que se possa usá-las sem dificuldades ou constrangimentos como no caso de uma senhora obesa, que não consegue passar na segunda roleta, há ainda outras dificuldades para grávidas, idosos e mães com carrinhos de bebê que usavam a porta traseira sem deixar de pagar a passagem.
Leonardo ainda argumentou que não há interesse em prejudicar a empresa e sim de melhorar os serviços prestados, então se a grande maioria dos usuários rejeita essa medida, isso precisa ser mudado. Quanto aos cadeirantes, o fato de as ruas da cidade ou os prédios públicos não serem adequados, não deve servir de subterfúgio para que a empresa não cumpra a legislação, pois o transporte coletivo tem de se adaptar as necessidades dos usuários e se o fluxo de cadeirantes é pequeno talvez seja por que a empresa não oferece condições para que eles usem o transporte.