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02.02.2013 - 10h53
Funcionários públicos do estado lotados em butiá, vivem o drama de santa maria
SANTA MARIA - A tragédia que aconteceu na madrugada de domingo, 27, na cidade de Santa Maria, abalou não só a comunidade santa-mariense assim como todo o mundo. Foram mais de 230 vítimas fatais no incêndio ocorrido na boate Kiss, sendo que ainda há 118 feridos, sendo que 75 ainda estão em estado grave.
A notícia circulou por todo o mundo, chocando e sensibilizando todos. Em meio a tanta tragédia ainda se percebe laços de solidariedade, fé e esperança. Na multidão que se aglomerava em frente ao Centro Desportivo Municipal, onde os corpos foram identificados, muitos voluntários, entre eles, médicos, psicólogos, terapeutas, padres, irmãs e jovens estudantes estiveram no local ajudando, além de jovens de alguns movimentos e pastorais da cidade, que também estiveram lá para prestar um apoio e oferecer um pouco de conforto em meio a tanta dor, tentavam confortá-los por meio de orações, abraços e palavra-amiga.
O mundo ficou sensibilizado, e na cidade não foi diferente. O domingo foi de tristeza e dor também na cidade.
O Drama em Butiá
Dois policiais que estão trabalhando na Delegacia de Polícia de Butiá, vivem o drama da tragédia da cidade de Santa Maria. Nossa reportagem conversou na quarta-feira, 30, por telefone com a inspetora de polícia Priscila Petrarca, natural da cidade de São Gabriel, que acabou perdendo 2 primos na tragédia, que faziam faculdade em Santa Maria e frequentavam a boate.
- Foi uma tragédia. Um absurdo, esperamos que sejam tomada todas as providências para que isso não ocorra novamente, ressalta abalada a jovem inspetora de polícia.
Também em Butiá estava o policial Rodrigo que faz parte do reforço que está na Delegacia da Operação Fronteira. Rodrigo estava na Boate na noite da tragédia e por muito pouco conseguiu se salvar. O policial esteve em Butiá, após o ocorrido e relatou para os colegas à noite de terror que passou.
- Rodrigo felizmente se salvou, mas está muito abalado. Ele nos relatou que foi entre 9 amigos, entre eles a namorada. Foi um cenário de guerra, era cada um por si tentando se salvar. Rodrigo só conseguiu se salvar porque chegou na saída ficando com a metade do corpo para fora da boate vindo a desmaiar. Com a correria acordou e conseguiu forças para se levantar e ir para a rua. Mas seus amigos e namorada infelizmente perderam a vida, relata o colega inspetor Maurício.
A população em geral, se mobilizou querendo ajudar com uma simples divulgação de telefones e voluntários nas redes sociais e com muita solidariedade foram prestadas mensagens de força aos familiares que perderam seus familiares além de muitas orações.